sábado, 23 de janeiro de 2010

Os Piratas do Rock

Há tempo que não falamos sobre filmes e não, obviamente, porque inexistiam bons filmes sobre os quais falar. Sempre há. Que não sejam lançamentos. Há uma interminável galeria de excelentes películas por ai. Prontas para serem revistas, comentadas e apreciadas com a compulsão adita dos cinéfilos ou com a moderação daqueles que se divertem com cinema quer de boa qualidade, quer de má.

A questão é que não havia “pegada”… Explico: não havia aquele sentimento de enlevo e felicidade ao acabar de assistir a um filme e ter, imediatamente, o ímpeto de voltar ao começo e assistir tudo de novo. Não por ser o roteiro um primor, não pelos atores serem espetaculares, não pela produção primorosa. Não! Tão simplesmente por ter sido tocado num canto qualquer de nossa memória, onde desejos adolescentes se concretizam repetidas vezes em noites de sonhos felizes.

E este, para mim, foi o caso de Piratas do Rock. Comédia dirigida por Richard Curtis e estreada pelos sensacionais Philip Seymour Hoffman, Bill Night, Rhys Ifans, Nick Frost e Keneth Branagh, que tem ainda a virtude de transcrever para o vídeo a história mal contada das rádios piratas do Reino Unido, as quais ajudaram a divulgar a música rock e que abriram espaço para a divulgação de talentos hoje reconhecidos como clássicos da música mundial.

Lançado em 2009 e considerado por muitos críticos um dos melhores filmes dos circuitos alternativos, Piratas do Rock conta a história de um grupo de DJs que nos anos 60, na Inglaterra, comandam uma estação de rádio pirata instalada num velho pesqueiro. De pronto, o argumento é cativante e a trilha sonora é sensacional incluindo The Kinks, Martha Reeves and the Vandellas, The Who, Françoise Hardy dentre muitos outros.

Neste aspecto, o destaque pessoal vai para a tocante sequência em que a trilha de fundo é You Don't Have to Say You Love Me, de Dust Springfield. Aliás, excelente fundo musical para os humores de escritor dos dias recentes (especialmente pelo título). Mas a viagem musical não pára por ai. Espraia-se, ademais, nos aspectos destacados pelo estilo não convencional de Curtis, onde o rock and roll é mostrado tal como é: nada politicamente correto e cultivado sob a rebeldia e o carisma daqueles que tiveram coragem para infringir leis e se dedicar a descobrir pérolas do pop mundial.

Qualquer outra coisa que se diga vai ser redundante, então, como é sempre nosso costume, gostaria de finalizar sugerindo que assistam e prestem atenção ao personagem e à atuação do jovem Tom Sturridge (Young Carl) o qual, na modesta opinião deste comentarista, retrata o ideal de muitos amigos apaixonados pelo pop rock de todos os tempos. Como eu. J.M.N

Trailer:

2 comentários:

Anônimo disse...

Valeu a dica... Vou procurar.

BN

Atelier da Andrezza disse...

Eu também vou !