Mais que longe o som de um riso me invade, qualifica minha displicência de enfrentar-me – esse dragão medievo e destrutivo. Em batalha contra bárbaros alívios, constantemente me entrego à mocidade que me acerca. Cabelos longos, pele bronze e cativante. E num minuto a linha fina do olhar dela me limita e cura. De bravo soldado em longa campanha, fica o poeta. De aço e lanças a defesa desfaz-se pluma. De manso e fugidio o entregar-se pouco a pouco se transforma em visgo. Evidencia-se a trama homeopática do cuidar-me. Faço a ela o convite de me esperar num seu riso, para lhe explicar o que faço depois de me entregar. J.M.N
2 comentários:
Impressionante teu desprendimento em se revelar. Isso deve ser uma grande alegria ou uma angústia imensa suponho.
Adorei, beijos.
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