segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Leve instante, vago império de acalantos

Mais que longe o som de um riso me invade, qualifica minha displicência de enfrentar-me – esse dragão medievo e destrutivo. Em batalha contra bárbaros alívios, constantemente me entrego à mocidade que me acerca. Cabelos longos, pele bronze e cativante. E num minuto a linha fina do olhar dela me limita e cura. De bravo soldado em longa campanha, fica o poeta. De aço e lanças a defesa desfaz-se pluma. De manso e fugidio o entregar-se pouco a pouco se transforma em visgo. Evidencia-se a trama homeopática do cuidar-me. Faço a ela o convite de me esperar num seu riso, para lhe explicar o que faço depois de me entregar. J.M.N

2 comentários:

Anônimo disse...

Impressionante teu desprendimento em se revelar. Isso deve ser uma grande alegria ou uma angústia imensa suponho.

Anônimo disse...

Adorei, beijos.