quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Perguntas de Ontem VIII (ou O depois já chegou?)

Um começou o outro afinou-se. Tantas coisas em comum.
Lembranças e ritos. Dúvidas e martírios. Como tem de ser.
Este texto é o primeiro nascido a quatro mãos.

Wagner C. e J.Mattos

Depois eu fujo. Depois eu vejo. Depois te encontro, quem sabe sinto. Depois te abraço e me aqueço. Depois do terço cometo outro pecado. Depois do almoço, refaço minhas fomes. Depois te encaro, como um solfejo. Depois ponho ruídos no branco da tua epiderme. Depois invento motivos pra teu olhar voltar-se das planícies enluaradas. Depois ponho as pratas pra devorares as minhas noites. Depois os esquifes já não serão problema. Depois te dedico o meu epitáfio. Depois tuas frestas serão meu espaço. Depois tuas belezas serão afrescos. Depois minha lágrima será perdoada. Depois a razão será conhecida. Depois a razão já não servirá para nada...

Pergunta de ontem: o que farás quando o depois chegar?

4 comentários:

Anônimo disse...

...atravessarei um rio a procura dele.

Anônimo disse...

Farei tudo diferente se ela me permitir.

Sara disse...

O depois me dá medo. O sentido, como diz Freud, é só "a posteriori"..não há muito o que fazer, só esperar...

Anônimo disse...

tudo aquilo que nunca fiz