terça-feira, 29 de julho de 2008

Histórias para depois do sono II

Acredite seu moço, olhando assim ninguém diz, mas ela tem coisa estranha. Usa espelho de água e penteia os cabelos com os capins venenosos na estrada. Sentada estava na minha cama, quando aconteceu de esticar seus olhos e eles foram tão longe que o céu pipocou anil, as árvores choraram passarinhos e as pedras estiveram mais duras. Quando ela prometeu me fazer gente, cobrou cada segundo de vida e lambeu os dedos. Olha moço, pode ser que eu esteja enganado, mas acho que ela ficou com alguma coisa minha... sei não, parece que minha carne, minha altura ou meu nome por completo. J.M.N

Nenhum comentário: