domingo, 15 de agosto de 2010

Máxima explicação

Sinto que as coisas passam e já consigo declamar poemas em aramaico antigo, como antigamente eu fazia nos seus ouvidos. Sinto estes segredos crescendo novamente rimados. Cheios de densa esperança e espera farta. Estou na linha do tempo andando. Equilibrista de alturas urbanas. Utilizo minha perícia para ornamentos em frente à sua janela. Uma lua cheia, redondezas por toda parte. Daqui a pouco cairá meu sono, porque toda escuridão chega antes do mais veloz feixe de luz. Em seu nome não encontro mundo. Que se exploda então. Sinto coisas naturais, outras nem tanto e minha língua pede a morena pele. Nova raiz no meu canto. Novo mundo dentre mortais. E vejo e claro que sigo de pronto. Aquelas pernas desenhadas com perguntas sobre a razão de ser. Vou lamentando não andar bem perto. Suo em bicas e disparo grávidos olhares a pedir para que chegue o dia. Sinto a manhã violentando o neutro de apenas pensar. Já não estou sozinho. Houve uma criação enquanto eu dormia e enquanto escrevo e deixo pistas sobre o que não fui encontro milhares de razões para tê-la esperado. J.M.N.

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