A menina veio. Cabelos e vestido como um só, espanando o ar da praça com delicadeza infantil. Correu até ele e se atirou em seus braços. Não ouvi o que disseram um para o outro. Histórias de felicidade, talvez. Um algodão-doce prometido. E se foram de mãos dadas. Ele a cortejar as copas das árvores intentando mais além o céu que as recobria. O céu de suas descobertas, de suas virtudes, quam sabe pensava nos planos para o próximo trabalho. Ela, na altura de sua coxa, estourava bolas de sabão e se ria dos feitos como se estivesse inventando purezas e descobrindo céus encapsulados nas bolhas. Quem sabe fosse isso. Os céus de ambos estavam em dimensões diversas, mas afagavam-lhes os espiríritos de maneira tão peculiar e densa que a beleza da cena simples me encheu os olhos. Céus encontrados serão sempre motivos de alegria. J.M.N
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