O pior de tudo é a espera, esse acúmulo de tempo sem sentido. Um silêncio desconcertante em que as mariposas não surgem e o telefone jamais toca. Como noutra parte escrito: só resta a prisão do corpo e a eternidade das fugas impossíveis. Enquanto tudo volta num turbilhão feroz de anotações e convites não feitos, no peito insinua-se uma velha lição - mais coração, mais cicratrizes. Houvesse paz nesses dias de espera incerta, o ritmo de nosso centro de existir descompassaria, diminuiria seu trabalho e as razões de pulsar extinguiríam-se. Mas o silêncio que fica é impressionante, executa a beleza das sinfonias, isola o sentimento de partilha e quanto mais prolongado fica deixa menos sentido para a saudade. J.M.N
Um comentário:
Completamente com sentido...
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