19:30. Início de uma hora breve na qual acreditamos a casualidade do encontro. Hora das desventuras mútuas. De escutar o que o outro tem pra falar sobre os perigos da beleza e as lições da dor. Hora das gargalhadas rasgando o começo da noite e o disfarce dos sentimentos. Hora de estar de verdade com alguém, assim inteiriço, sabe? e, mesmo com o ar rareando no pulmão, tentar acompanhar a velocidade dos teus passos e frases. Aprender contigo: que quando se trata de vida, a aposta tem que ser sem reservas; que sofre aquele que tenta entender o feminino ao invés de simplesmente abandonar-se a ele; que sentir que o chão se foi é o primeiro passo pra estar nas nuvens. Depois disso logo deixas o meu ombro e procuras o colo da tua filha (ou vice-versa, dependendo de qual mulher estiver mais forte àquela hora). De longe, vejo que fizeste algo no cabelo que eu esqueci de comentar. Reparo ainda como sempre falta um abraço teu ou uma frase qualquer que expresse essa minha sensação de pilhas recarregadas e de coração azeitado após a tua ida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário