quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Três coisas

Minhas três coisas são as tuas, mas te incomodam
Teu espelho não funciona, que posso fazer?
Andar cantando pelo pasto da vida, vivendo desobrigado
Não é isso? Teu secreto desejo?
Meu coração que tem esse lado demais
Ele eleito, a estrada não é longa nunca
Vai viver correndo pelo beijo que espera, pelo belo do abraço
Que mais eu posso fazer para que me deixes?
Para que não destruas, na calada da noite o meu intento?
Já basta. Não é por mim que buscas proteção
Mas por ver crescido em mim tudo o que te escapou pela vida
Vem junto ou senta
A beira da estrada é sempre uma opção
Quando voltar das imensas distâncias que percorrer
Te conto. Encho teu sonho com o que não consegues carregar
Ainda que me firas a faca pela audácia
Ainda que me deserdes teus livros e discos
Teu nome até
Rezarei o que não sei para que sossegues
Amor, alforria, palavras que bem podem ser as tuas
É isso que me evoca espíritos e lanças
Ao bem da vida que se me alcançou – eu canto

J.M.N.

Trilha sonora…

2 comentários:

Anônimo disse...

Apaixonante!
E assim sigo a inventar tua presença...

Anônimo disse...

Estás sempre de bem com as palavras e estas contigo.
Parabéns José!