terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Te perdoo

Te perdoo pelos ares que sopras,
expiando possibilidades
 
Toda nossa condenação
 
Te perdoo pelo aço, pela lâmina atirada
desde as tuas tardias palavras
 
Certeiras, fincadas, no alvo do meu perdão
 
Te perdoo, coração, pelas tantas cicatrizes
E as mais costuras de redenção
 
Te perdoo como nunca mais quis
 
Como as setas de Cupido, como o sangue
embebido na despedida de agora
 
Te perdoo como quem mora
 
Em todo teu amor,
esquecido

2 comentários:

Anônimo disse...

Que coisa mais linda!

RTDM

Paula Menezes disse...

Belíssimo