Roubo o título desse post do romance homônimo de Miguel Esteves Cardoso, cujo parágrafo inicial contém a pergunta que às vezes fazemos à beira do abismo: Alguma vez pensaste no que isso representou na minha vida miserável? anunciando com veemência aquilo que vem depois do fim de um grande amor.
Vai mais além o autor que já foi candidato à presidência de Portugal, arrematando a pergunta com a demolidora sentença: Agora apetece-me matar-te de verdade. É indecente que já estejas morta. É indecente também que não tenhamos uma publicação nacional deste livro em língua portuguesa de Portugal.
Quem nunca cometeu um assassinato subjetivo? Ou armou frases bem feitas para acabar com as dores do fim? A isso se refere o autor. Afinal, o amor é fodido mesmo e Miguel sabe bem como falar a respeito, como quando se vai construindo entrelinhas para explicar o inexplicável... um fim que não devia ter chegado nunca. Ou um assassinato que deveria ter sido consumado no início. J.M.N
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