Ó flor que denuncia
a existência de meu corpo,
dá-me outra vida.
Estrela benquista,
de minha pena,
de minha sorte.
Porquanto haja
o vigor noturno,
as valsas serenas,
as quietudes lunares.
Enquanto oceanos
azularem minha Terra
Reclamo a honra
da tua vinda.
Austrais cantigas
à tua fronte.
Recorro a fontes e missais.
Em reza, peço tua mão.
E nunca esqueço
da primavera,
estampa viva dos teus tecidos
e teu sorriso abrindo mundos,
repetindo os meus.
Peço que estejas.
Peço por ti.
Que já não há
razão de ser
sem te ter por perto.
(Cantídio)
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