O dia de hoje é domingo. O sentimento: desamparo. Nada para ver na tv. Nenhum barulho na rua. Minha poltrona é um refúgio sem graça. Os sucrilhos me animam um pouco. Andando para lá e para cá. Encontro as teias de aranha. Conto-as. Começo a me perguntar se moro realmente aqui. Penso no trabalho. Não ajuda.. Meus afetos esquecidos. Minhas dívidas de antanho. Seu sorriso indecifrável. As coisas vão ficando cada vez mais estranhas – ou lendárias, por assim dizer. Depois de sentar, abro uma velha revista feminina esquecida dentre tantas coisas fadadas ao esquecimento. No meio das páginas um bilhete dela – nunca mais pegue meu lápis de olho para fazer a lista de compras. Isso realmente é um crime sem perdão. Não chorei nem sorri, limitei-me a reler as linhas e pedir desculpas baixinho. O domingo piorou um bocado depois disso.J.M.N
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