sábado, 12 de abril de 2008

Desejo

Pediu perdão como se fosse o ato extremo, a primeira e última palavra de uma vida de silêncios. Ancorou seus olhos numa distância inexistente e lá vagou com os braços dormentes enlaçados às costas de quem se ia. Um tempo imenso a esperar que a convivência findasse e resvalasse para uma terra de campos abertos onde o pesar do ar de seus pulmões não pudesse contaminar o cheiro das fresas.J.M.N

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