quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Confins

Não me venceste, eu cresci
Não autorizo mais ultimares a fala
Nem falo mais sobre o que me sobra
e tanto faz se choras, descortinada a mentira
Não me empurras garganta adentro
palavras de armário mofadas
Teus enlatados e pecados moídos
e tanto faz se a pergunta que queres
não a tenho refeito, pois sem resposta
Não há pior prato que ser tão convicta
De que tão pouco sei sobre mim
Ainda alastrada, investida de continente
Mas percebo, doravante negares
Não me tiraste de ti, nem saíste de ti
Não és, não foste
a parte alguma, senão onde a culpa
É a dona de todas as distâncias

J.M.N.

Um comentário:

Anônimo disse...

Naufraga de mim, lutei a todo instante para fazer lembrar meus pecados e afundar desejos.