Mulheres de fogo e avencas. Mulheres lindíssimas de ornadas almas e tenebrosas mentiras. Mulheres que vivem para o sonho de outrem, que concorrem com elas mesmas pela posse de nada. Eu as quero. Eu as comeria impiedosamente fossem bater à minha porta. Sem demanda preestabelecida eu daria minha pele para segurar-lhes o orgulho no cimo de seus mistérios e a orfandade da beleza que os outros oferecem e tiram ao bel prazer. Eu calibraria todos os espelhos do mundo para evitar que sofressem com o tempo. Àquelas que estivessem de bem com os gracejos da derme, do desalinhar dos traços divinos, eu agradeceria a oportunidade de vê-las segurando suas maquiagens. Preparando-se para sair. Ir à missa, mais recatadas ou à noite, mais perigosas que nunca. Sim, eu esperaria as eternidades sonhadas pela volta do primeiro olhar e seria aquele caderno da canção para receber os traços, os dramas e suportar todas as faltas e também todos os excessos.
Um comentário:
Sou tua caça. Cedente voluntária de teus passeios. És o demônio homem para o qual me fiz sacrifício. Cativa, testemunho a liberdade que professas.
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