A pena torna-se agulha
Fura a veia, e, vicianteEntre palavras me inscreve
No sangue, teu nome
Cabo
da Roca
A ponta do mundo, a Roca
Donde partiram meus antigosVizinhos de tempo e muda
Patrícios, irmãos pelo mundo
Porto que ainda me chama
Joaquim
Matos
Ganhei-te, herói no totem
Máximo ancestral desconhecidoEm casa de minha lembrança
Ileso, permanece aceso
Fábula e ente dentro do nome
Coimbra
III
Tua noite em prantos, percorro
Ao som das guitarras tristesCanto entre as capas pretas
Tudo em mim é antigamente
Como o passado das tuas paredes
Como o cheiro do meu presente
Josés
(publicado
originalmente em 2009)
Sou dentre eles o quarto.
Herdeiro inaudito das tramas, das mansas, das duras. Andanças.
Daquelas em cuja esperança
dobrou-se o acorde dos sins.
Sou, dentre os mesmos, estranho.
Dentre os mortos o enfim.
Nomeado em alcunha extremada
e como versos, rimando as espécies,
repito um nome entrementes findo
e presente,
pois se os corpos extinguiram-se
quase santos,
o nome perdura semente. J.M.N.
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