É como chegar a casa e tirar os sapatos experimentando o tapete da sala. Fisgar com os pés micro sensações incríveis de animação táctil que sobem e descem pelos caminhos do corpo, representando-me aos poucos, dando-me curvas e gostosura. Pondo-me com gosto para ser saboreada. Isso me desperta, me cura das suspeitas do mundo sobre meu estado de alma. Usufruir-me por um segundo de plenitude, os pés ambivalentes querendo me destinar à firmeza do chão e ao mesmo tempo impulsionar-me num voo sem fim. Rumo ao imaginário fulminante de suas fantasias. Usá-lo de qualquer maneira. Abrindo muito os braços em gestos esquisitos, inumanos ou como pássaros fazendo suas cortes. Plumas desreguladas pela euforia de descobrir que sou ainda mais eu quando perdida em casa do seu tato. Seviciá-lo, cuspir em seus restos, cumprir a maratona de agasalhos dos beijos noturnos, minhas costas esperando que ele se aloje. Eu cheiro. Cumpro-me, a perdigueira feita mulher cachorro, assim mesmo misturando os gêneros, como aquela do escritor de asneiras facílimas sobre o ridículo que é sentir amor em Terabytes e coloca-lo nas redes sociais. Lambo seus dedos. Dentro da mais cerimoniosa desposse eu sou tudo quanto queiram suas mãos de artesão. Chamo-o de homem. Nunca de meu. Sou antes, dele. Decido passar aos outros aposentos. E sem precisar de espelhos ou desguias, me perco. Ocupá-lo é como rastejar de sede no deserto e ainda assim não suportar uma gota sequer quando resgatada. Salva. É isso que estou. E num último gesto de redobro volto ao núcleo de mim – um feto – abraçando as próprias pernas esgarçando o couro dele que me envolve. Firo. Curvada sobre mim mesma. Vestindo sua pele cedida as expensas de uma intensidade que sempre quis e não suporto. Finalmente compreendo: ocupa-lo é ser o que sempre estive destinada a ser. Detentora de minhas incertezas. E nada mais. J.M.N.
36 comentários:
"Vestindo sua pele cedida as expensas de uma intensidade que sempre quis e não suporto." essa frase me incomodou bastante... Soou despropositada, sei lá.
Lu
Despropositada a quê... ou... a quem?
JMN
Querendo me analisar é?
Lu
Mentir
Causa-me essa mania
Curvas quem faz sou eu mesma
Obrigada pelo cuidado
Usufruo minhas idéias
Quero de você opinião
Quase sempre contrária
Quando?
Face a face
Cara a cara
Sem visitas formais
Não terás o submisso
Concreto
Pertenço a você?
Tanto o quanto você a mim
Pertences, então...
Curvado?
Rastejas também?
Sei que não
Pensas tudo o que queres.
Tenho o direito também
Não ouso ser beata
Também não fujo
É a intensidade das nossas idéias
São as críticas acaloradas
É a vida que pulsa em nós
Pois assim sou
Não de qualquer jeito
Seríamos portanto, nós mesmos
Mentir?
Serviríamos a ela
Disfarçados com cortinas
Por de traz do manto de veludo
Com as franjas de algodão.
Prefiro sob sua pele nua
Meu bem.
Se ele viveu e morreu cheio de truques, de certa forma legou-me alguns deles. Foi sua herança, a melhor porque, entre outras coisas, única. Um desses truques foi me autodefender de memórias devastadoras. No caso dele, não apenas se defendia mas transformava a memória em aliada, fazia dela não apenas sua testemunha mas a sua cúmplice.
Como em qualquer herança, sempre se perde alguma coisa pelo caminho. Eu perdi essa capacidade de alterar o sentido, o eixo da memória. Sei destinar para o compartimento respectivo aquilo que me incomoda, mas falta-me a química para decantar o resultado. O máximo que consigo é segregá-la (CONY, 2010, p. 265).
Parabéns poeta pelo seu dia ontem!!! Feliz aniversário!
Sem truques
Defesa e caminho
Minha única herança
Procuro
Encontro medo
Próximo ao pânico
O frágil
Emoções
Superam os limites
Tê-lo
Experimento
Amor?
Não sei o que é
Só posso senti-lo
Impulso forte
Recuo
Vontade inebriante de estar
Próxima de ti
Saber
E depois?
Explosão de alegria
Euforia envolvente
Quero mais
Isso é amor?
Perco
Imensa vontade de cuidar
Dividir descobertas
Cúmplices
Não quero trivialidade
Caso o façamos
Que estejamos juntos
E apenas os dois
Dentro da lógica
Segrego o que me incomoda
Aquilo que convencionam de “amor”
Acredite, não quero
Do amor quero estar próxima
Vivê-lo intensamente
Não quero aparência
Precisar?
Ser forçada?
Desculpe
Incomodo?
Essa é a função
Caso contrário
Como o novo aconteceria?
Tantas outras coisas boas
Solucionadas com a razão
Mas sem deixar de lado a emoção
Posto que o óbvio não é opção
E nada possui uma lógica exata
Um quarteirão
Uma tarde de cesta
O cheiro da chuva na janela
Caindo sob o telhado quente
Nada de cama de campagna
Quero proximidade
Feriados e fins de semana
Música e alegria
Cantando e amando
Em cada rua, monumento ou prédio
Museus, praças ou generais
Vivendo até mesmo as guerras
Num passeio maravilhoso
Pela cidade morena
A cidade das mangueiras
Um quarteirão
Uma tarde de cesta
O cheiro da chuva na janela
Caindo sob o telhado quente
Ela o ouviria
E colocaria em prática
Com paz e calma digna
Apenas de quem
Questionaria para sempre
Sim meu amor
Não consigo imaginar
O quanto serão lentos estes dias
Sem teu encontro
Como será longa a semana
E como o tempo foge de nosso controle
Com o horizonte vago
E os olhos perdidos
Ficarei contando as horas
Com as mãos vazias, sem as tuas
Teu hálito doce
Lembro com prazer
Nada terá cores, nada terá graça
Arrastar-me-ei por entre os dias
O destino pregou-nos mais uma peça
Meu coração, derramado de amor por ti
Chora uma velha cantiga
Embalada de melancolia
Não contenho minhas lágrimas de saudade
Apenas rezo para termos forças
E enfrentar a semana
Conto as horas para te ver
Quero o agora
Não ousaria suportar uma longa semana
Não apenas esperar
Tudo existe entre nós
Sei que não suportarás também
E que tudo em volta
É secundário
Estarás ao meu lado?
Enquanto ainda há sol brilhando?
E os medos nada mais serão
Que uma lembrança passada
Numa noite solitária
Cumpro meu destino de amar
Ouso provocar-lo além dos muros
Na tentativa de proteger
E fazem enxergar
Que quero ainda mais
Com a urgência que apenas
O hoje é capaz de vencer
Do Cony desisti há um tempo, não é um dos grandes.
Quanto às poesias, achei-as interessantes, de quem são?
J.Mattos
Equacionar
Conciliar
Meio termo
Impasse do Brasil
Melhor
Alternativo
Razão ou emoção
Humildade e carinho
Explosão de produtividade
Estado Democrático liberal
Orgulho
Filho prodígio
Supersônico e poliglota
Potência econômica mundial
Destilado em cinza acimentado
Ensina ao povo
Importância
HUMANIDADE
E os que realmente precisam?
Shopping Center e fast-food?
Sutileza do contraste
E a boa e velha feira?
Atividade formal?
Não paga imposto
Conta de luz
Cidadão
Podemos chamá-lo
Não tem pesca
Nem extrativismo
Agricultura?
Norte e nordeste do País
Contrastes encontrados
Estrutura portuária
Sine qua non
Desenvolvimento da região
Como abastecer a cidade?
Não há transporte suficiente
Comunicação ao pólo produtivo
Pólo produtivo?
No interior?
E a população?
Temos a interligação dos nossos recursos?
Seqüência lógica?
Ordem do processo produtivo?
Dentro e fora
Perfeito estado de anarquia
Sobrevivendo apenas
Sorte e criatividade
Lugares sem a presença do Estado
Projeto de lei geração de empregos
Legalidade
Legalidade e o ato jurídico perfeito
Matéria em questão
Evidente acordo
Nova ordem mundial
Compromisso e verdade
Vida de muitos
Projetos, ações, interesses políticos
Florestas, diretrizes, HUMANIDADE
Égide do Estado democrático de direito
Apenas da sala para porta de entrada
Demais cômodos do País
Equipe
Plano diretor
Projeto
Multidisciplinar e estruturado
Promessas e sonhos apenas
ouvir a população
Informação
REALIDADE
Continua
Sorte e oportunidade apenas
Acabaram
Rios que banham toda a cidade
Inaptos a pesca
População
Sustentados pelo governo
Auxílios sociais
Miséria, mendicância
Como sobreviver?
Especialidades
Produção?
Açai e miséria, sem nota fiscal.
Indenização bilionária
E o dinheiro
Notícia
O rio continua
A população trabalha
Trafico e promessas
Dois anos mais
Usina
De energia limpa,
Afetada
Ecológica
Econômica
Cultural
Social
Política
Histórica
Impacto
Abundância e fartura
Produto e atividade
Longe da saúde pública
Da escola pública
Do acesso a Justiça
Mas próximos da igreja
É possível viver
Fazendo a cadeia produtiva funcionar
De forma sustentável
Sem agressão ao meio ambiente,
Usando para tanto
A reunião das forças de trabalho
Quanto a cidade?
Vive em função
De tão longe
E congelado
Que chega o supermercado
Sem agricultura
Sem pesca,
Vivem de aposentadoria
E acabando com sua auto-estima produtiva
Assim cria-se uma geração
Sem a menor noção do potencial produtivo
Ligados a um ecossistema dilacerado
E sem perspectiva de concerto
Projetos frustrados
Na tentativa de reconstruir
Todas em vão
De retalho do Estado Democrático de Direito
este texto do amônimo acima parece meio fareste caboclo com que país é este... é isso mesmo?
E o amor começa
Mantenho o astral
Ajustando os ponteiros
Palavras certas
Envoltas no teu abraço
Apenas nós sabemos
E nunca havia sido tocado
O que estava escondido
Entre o passado
Linha tênue entre nós
Estranha energia
Coração livre
Silêncio que apenas tu és capaz de entender
Guardo os cuidados
Que outrora, foi-me ensinado
Ofereço de minhas mãos o afago
Aprendo a amar
Humildemente, aceito tua educação
Minhas saudades guardadas com todo o cuidado
Sem dúvidas, corrijo os vértices
Aprendo a amar
Quero esse dia todo azul
Cheio de vontade
Coração, transbordando de amor
Anseio o fundo dos teus olhos
Eles nunca enganam
Minhas certezas
Falam apenas um idioma
Saudade!
Razão e distorção
Olho para trás
Amado em suas diferenças
Criação e descobertas
Longe do óbvio
Dispõe da realidade
Olhos e cérebro
Criação, livre forma
Estímulo e pensamento
O olhar sobre o outro
Perspectiva,
Objetivo de vida,
Transformando o meio
O cérebro permite
Testa o limite
Dentro desta mesma realidade
Creio no presente
Nunca, curvando-se a vã gloria
Nem, permitindo a zona de conforto
Mas sim, acreditando no ser humano
E no que ele pode ter de mais puro
Sua alma verdadeira
Sem medo e distorção
Foi na verdade, o que vi em você
Desde o primeiro momento
Percebi que já éramos nós.
Vida que se transforma
São os mesmos valores
Instrumento musical afinado
Em análise há esperança do mundo
Olhar que organiza meu coração
Falta a presença
Mesmo distante tudo a dois
Tentativa e afastamento
Lembro de ti
Medo que tomava conta
Tentava parar de pensar
Esconder e fingir de mim mesma
Mas a certeza estava lá
Vive-se em vexame moral
Superficial e eufórico
Nada mais tem indignação
Ou inconformismo
Apenas o egoísmo a indiferença dos outros
Apartheid que causa solidão
As horas dos meus dias
Gostaria de estar junto a ti
Olho no espelho
Vejo o tempo de nossa espera,
Guardado e economizado
Os carinhos que deveriam ser
De ti que chamo de meu
Sigo em frente
Permanecemos fieis
Em troca, o preconceito
Olho e sinto seus olhos nos meus
Nem sempre a inspiração vem das flores
Por vezes vem da subvertente lógica
E busca indiscrição
Naquilo que é verdadeiro
Não me contento
Não quero o que me cala
Não quero fantasias entre nós
Não permita que sejamos medíocres
Maior prova de amor
Provocar o que há de melhor em nós
Sem medo vi o sol nascer
Num dia claro da manhã
Esperança espalhava-se por todas as cores
Mas
Como em um sonho dantesco
Bate à porta o passado
Com frágeis argumentos
Permeados de chantagem
E tenta destruir nosso futuro colorido
Navalha lancinante,
Rompendo os laços
De outrora,
Decreto morte ao passado
O óbvio que cega
Pré-programado
Efeito da geração cor de rosa
Luto para colorir todos os dias
Ouço urros da criança
Nada permanecerá o mesmo
Não ouvirei aos choros delas
Nariz sangrando
Nada de gritos novamente
Ódio desmesurado da dor
Que podemos chamar de desilusão
Quebram-se os sonhos
E dali nasce esperança
Dor dilacerante que envolveu a alma
E cortou dela todas as adiposidades restantes
Queremos nós dois sem medo
Sem sabotar, sem dúvidas
A navalha que me cortou
Foi a mesma que rompeu
Escrevo.
Sobre o que tuas palavras me causam.
Escrevo...
Sobre o que arrancas de mim.
“O contato com qualquer obra humana evoca em nós a vida do outro,
deixa rastros que nos inclinam a reconhecê-lo e a encontrá-
lo”
Sábato. A resistência. 2008.
A arte de dizer não
O amor transforma
Nunca a qualquer preço
O futuro possui todos os sentimentos em seu bolso
Inclusive a dor
Que deveria permanecer sempre no passado
Que luz é essa?
Sede de vingança?
Pautar um amor em outro?
Viver pela metade?
É o Preço da dor
É feito da escolha
Onde você está que não o reconheço daqui
Preciso de seus braços ao redor de mim. Sentir o cheiro de sua pele. O suave macio de seus cabelos. O abraço gostoso que se encaixa ao meu com perfeição. Ver seu sorriso envergonhado. Suas mãos fortes me puxando junto a seu corpo. Preciso tê-lo. Acertar o caminho de suas mãos. Dormir, acordar, tomar café e amar até não mais aguentar e, então, comer novamente, dormir novamente e amar-nos novamente. Infinitamente 2222.
E a revolta toma conta de mim
Não percebes que somos diferentes?
Não percebes que usas lentes distorcidas?
Que não enxergas o mundo sob o meu olhar?
Cansa-me vê-lo conformado
Como podes cruzar os braços?
E o que é pior
Julgar-me pelo seu desconforto
Somos diferentes
Me aceita como sou
Não quero despedidas
Nem releitura do passado
Preciso cumprir nossos versos
E o tempo atropela a saudade
Escrevo nas paredes
Tento mudar nossas vidas
Mas as horas passam e os dias se arrastam
Sem nenhum efeito prático
Escrevo tentando compreender
O coração bate forte na palma da mão
Tanta injustiça e crueldade
Mortes, desastre, violências
Um mundo inteiro de incompreensão
Sem tolerância e sem amor
Devastado pelo ódio e pelo ciúme
A cobiça apenas
Os acordos apenas
Sem nenhum compromisso com a vida
Distorção
Não aceito, não suporto
O medo de perdê-lo
Não vai fazer o silêncio prosperar
Não me calarei
O mundo pronto para ser mudado
A cultura toma forma de nada na televisão
E se mesmo diante de tudo isso
Simplesmente você virar as costas
Poderei entender o que há depois da solidão
Preciso de mais
Analisar o caso concretamente
Nunca passar por cima da verdade
Que tanto me ensina
A arte também me educa
Se estiver enganada, preciso que me digas
Dá-me o benefício da dúvida
Há alternativas para a solidão e a tristeza?
Vou ouvi-lo
Existe esse lugar
Que a minha mão encontrará a sua?
Que os sonhos podem existir?
E que a razão e o óbvio podem ser questionados?
Sem truques
Defesa e caminho
Minha única herança
Procuro
Encontro medo
Próximo ao pânico
O frágil
Emoções
Superam os limites
Tê-lo
Experimento
Amor?
Não sei o que é
Só posso senti-lo
Impulso forte
Recuo
Vontade inebriante de estar
Próxima de ti
Saber
E depois?
Explosão de alegria
Euforia envolvente
Quero mais
Isso é amor?
Perco
Imensa vontade de cuidar
Dividir descobertas
Cúmplices
Não quero trivialidade
Caso o façamos
Que estejamos juntos
E apenas os dois
Dentro da lógica
Segrego o que me incomoda
Aquilo que convencionam de “amor”
Acredite, não quero
Do amor quero estar próxima
Vivê-lo intensamente
Não quero aparência
Precisar?
Ser forçada?
Desculpe
Incomodo?
Essa é a função
Caso contrário
Como o novo aconteceria?
Tantas outras coisas boas
Solucionadas com a razão
Mas sem deixar de lado a emoção
Posto que o óbvio não é opção
E nada possui uma lógica exata
Um quarteirão
Uma tarde de cesta
O cheiro da chuva na janela
Caindo sob o telhado quente
Nada de cama de campagna
Quero proximidade
Feriados e fins de semana
Música e alegria
Cantando e amando
Em cada rua, monumento ou prédio
Museus, praças ou generais
Vivendo até mesmo as guerras
Num passeio maravilhoso
Pela cidade morena
A cidade das mangueiras
Um quarteirão
Uma tarde de cesta
O cheiro da chuva na janela
Caindo sob o telhado quente
Ela o ouviria
E colocaria em prática
Com paz e calma digna
Apenas de quem
Questionaria para sempre
As criticas são minha forma de amar
Vem, estou te chamando...
Só isso
Qual a saída?
Nem sempre é a solidão
Há alternativa?
Não posso abrir mão dos sonhos
Posso sozinha mudar o mundo?
Se errar é humano
Dá-me o benefício da dúvida
Depois de tudo
Há tempo para os sonhos?
Existe o lugar da minha mão na tua
E nossos corpos reencontrando-se?
Se esse lugar existe
Quero estar junto a ti
Quero que você me mostre
Quero te fazer feliz
Que venha o ano novo.
Com toda força,
Com toda graça
De um ano melhor.
Que com ele venham todas as esperanças.
Todas as alegrias!
Que fique neste ano que passou a tristeza, o sofrimento.
Que as escolhas ruins tenham chegado ao fim.
Que os remédios para o amor e a compreensão componham a dose certa.
Que as pessoas prefiram o amor ao desamor.
Que as pessoas queiram ficar mais próximas umas das outras sem egoísmo.
Enfim, que este seja um ano de vitórias.
As superações vão preencher o vazio.
E os vícios, bom... estes serão apenas o passado.
Tive um sonho
Em que o amor era a alternativa
E o respeito condição primaria a todas as relações
Do mundo inteiro
A cultura e os valores
Junto ao que temos de mais precioso aqui
Musica e opiniões eram ouvidas
Sem preconceito, nem julgamentos
Todos os projetos eram discutidos,
Mesmo que viessem das crianças
A manipulação não era caminho alternativo
Os erros eram assumidos publicamente
Sem risos nem escárnio
Não havia qualquer tipo de desconstrução
Saída intelectual mais fácil do País.
Quero o agora
Não ousaria suportar uma longa semana
Não apenas esperar
Tudo existe entre nós
Sei que não suportarás também
E que tudo em volta
É secundário
Estarás ao meu lado?
Enquanto ainda há sol brilhando?
E os medos nada mais serão
Que uma lembrança passada
Numa noite solitária
Cumpro meu destino de amar
Ouso provocar-lo além dos muros
Na tentativa de proteger
E fazem enxergar
Que quero ainda mais
Com a urgência que apenas
O hoje é capaz de vencer
Momentos felizes
Sol que brilha forte
Presença
Protegida por muros
O mundo inteiro
Num reino de aprendizagem
Flores no quintal
Independência
Que permaneçam os bons tempos
E a alegria de viver
Cuidando da insolação
Festas com decoração em fitas
Companhia gostosa, bem ao meu lado
Acordando num quarto amarelo ovo
Flor do dia, que passa em seu mundo?
Nada de cama de campagna
Quero proximidade
Feriados e fins de semana
Música e alegria
Cantando e amando
Em cada rua, monumento ou prédio
Museus, praças ou generais
Vivendo até mesmo as guerras
Num passeio maravilhoso
Pela cidade morena
A cidade das mangueiras
Um quarteirão
Uma tarde de cesta
O cheiro da chuva na janela
Caindo sob o telhado quente
Tantas outras coisas boas
Solucionadas co a razão
Mas sem deixar de lado a emoção
Posto que o óbvio não é opção
E nada possui uma lógica exata
Ela o ouvia
E colocaria em prática
Com paz e calma digna
Apenas de quem ama ...
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Atenciosamente,
Palavras de Ontem
E a revolta toma conta de mim
Não percebes que somos diferentes?
Não percebes que usas lentes distorcidas?
Que não enxergas o mundo sob o meu olhar?
Cansa-me vê-lo conformado
Como podes cruzar os braços?
E o que é pior
Julgar-me pelo seu desconforto
Somos diferentes
Me aceita como sou
Não quero despedidas
Nem releitura do passado
Preciso cumprir nossos versos
E o tempo atropela a saudade
Escrevo nas paredes
Tento mudar nossas vidas
Mas as horas passam e os dias se arrastam
Sem nenhum efeito prático
Escrevo tentando compreender
O coração bate forte na palma da mão
Tanta injustiça e crueldade
Mortes, desastre, violências
Um mundo inteiro de incompreensão
Sem tolerância e sem amor
Devastado pelo ódio e pelo ciúme
A cobiça apenas
Os acordos apenas
Sem nenhum compromisso com a vida
Distorção
Não aceito, não suporto
O medo de perdê-lo
Não vai fazer o silêncio prosperar
Não me calarei
O mundo pronto para ser mudado
A cultura toma forma de nada na televisão
E se mesmo diante de tudo isso
Simplesmente você virar as costas
Poderei entender o que há depois da solidão
A única alternativa é o amor
Em que mundo vivemos?
O que está acontecendo?
Uma criança parece tão assustadora?
Um simples olhar ou opinião destrói ou transforma
Seus dentes sorridentes
Serão suas lágrimas cristalinas?
As brincadeiras e o barulho
Ou é o sentimento que assusta
Todos os medos do mundo
Disfarçados de bóias
E as idéias? E os pequenos projetos?
Acredite, não preciso de um pai
`Respeito é quando você entende que há espaço entre as pessoas
Quando você ajuda a construir a lógica do raciocínio delas
Quando você consegue enxergar além de suas emoções
Quando você não as agride corroído pelo medo e pela inveja
Quando você entende suas limitações
QUANDO VOCÊ PERCEBE QUE O CASTOR NÃO SABE DANÇAR, MAS FABRICA AS MELHORES PORTAS DE MADEIRA DE LEI
Quando muitas pessoas dizem a mesma coisa, mas você sabe que toda a unanimidade é burra e que tem coragem para ser o que é.
Quando não tem medo de mostrar o que você é e não precisa fugir ou gritar.
Respeito é quando as pessoas perguntam o que querem e não lhe arrancam a verdade.
Respeito e coragem são substantivos que andam juntos e que não precisam subjugarem-se para pertencer ao correto.
A agressão está longe de ser a motivação das situações.
A educação passa a ser construída e não provada.
O respeito e a coragem de não impor estereótipos apenas para ter aquela pessoa para si em vez de deixá-la ir para vê-la voltar.`
Eu te amo
Ainda sinto seu cheiro
Não é possível esquecê-lo
Nem ouso tentar
O macio de tuas mãos
E o sabor do teu beijo
Saudoso
O ônibus parou
Busquei teu rastro
Só encontrei miséria
Lá hoje, encontrei crueldade
Apenas os olhos cansados
Vi mulheres com seus filhos
Receitas médicas
Vendedores ambulantes
Foi cruel demais
Pobre criança pedreira
De enxada nas mãos
Seus olhos fundos
E vazios de esperança
Não me contive em lágrimas
Não consigo calar
Encontrar uma saída
A dor e o sofrimento me angustiam
Será que não percebes?
E neste momento apenas penso
É possível esquecer?
Posso simplesmente ignorar tamanho flagelo?
Há alguma alternativa pra tamanha atrocidade?
Não vejo a hora de te reencontrar
E nosso amor tenha a chance de acontecer
Dia em que nos conhecemos
Porta de minha casa
Nada esperava daquele dia
Preocupada com o curso
E as mudanças da vida
Foi uma surpresa
Habituada a muitas pessoas sempre
Vi-o parado na porta
Senti tudo diferente,
Não dei importância
Vagava em meu próprio rito de passagem
Escrevi na parede
Versos que mudariam minha vida para sempre
Sem fazer a menor idéia que você estaria no meio
Poucos encontros em meio às pessoas
Seu olhar cruzou o meu
E meu coração disparou
Mil borboletas na barriga
Encontramo-nos novamente,
A primeira dança
Nada permaneceria o mesmo
A gente se olhando
O quanto eu ficava nervosa
E ainda fico
Você introspectivo
Fui sozinha pra casa
Mas nada mudara
Meu pensamento era apenas seu
Sentada a mesa, escrevi
Como se não houvesse o amanhã
Coração batia forte
Havia alguma ligação
Certeza
Um para o outro
Sabia que você não entenderia
Era como uma força de atração
Nada tinha com a cor da pele
Com a cor dos olhos ou o tipo de cabelo
Apenas era, e ponto final
A intensidade que escrevi aquele poema
Foi inexplicável
Em silêncio e próximos
A lógica não explicava
Apenas não parava de pensar em você
Algo não permitia a aproximação
Choque magnético sentido a quilômetros
Várias tentativas, minha e suas
Rezo para que encontremos uma saída
Quero fazê-lo feliz
Que querias?
Que eu te agredisse?
Querias que eu te provocasse?
Querias que te fizesse vivo novamente?
Precisavas do gás?
Do que tens medo na verdade?
Das críticas?
Estão por todos os lados
Não querias que eu apenas concordasse
Não faz parte de mim
É isso que querias? Tudo igual?
Pois bem ai está
Você ai e eu aqui, longe um do outro
Diga-me, o que querias provar?
Que falta?
Porque ainda economizas a minha presença?
Vem comigo, perde o medo, deixa de vez a dúvida.
Caso contrário podemos retroagir
Vem que eu to te chamando
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