Esse cara de quem abaixo ponho uma poesia, foi a primeira pessoa que distribuiu um conto meu. Foi, na verdade, a primeira pessoa que abriu as portas da sua casa para eu ler minha pobre literatura e me ajudou a conseguir a façanha de pessoas gostarem de uma ou duas linhas.
Confesso uma alegria extra em poder chamá-lo de amigo. De Gustavo Autran Rodrigues... no Palavras de Ontem.
contrabajissimo
ando
ando e sei que sina
é esquina e susto
ando
e dobro apostas
como se tudo fosse caminho
como se nada medisse vida
como se os sinais nunca falhassem
como se o tango seguisse além dos quatro quarteirões
pra ver
que te ver me impele à vida
me impele à morte
algo de tragédia
rápida
ríspida
risível
quase leve
quase desejada
e que se volta
contra mim
num doente
contrabajissimo
Um comentário:
E eu felizmente estava presente para ver e sentir as palavras provocando emoções diversas em quem as ouvia (em mim inclusive). Os sabaraus foram sementes. Lindo ler os textos de vocês! O Guga deveria escrever (ou mostrar mais o que escreve). Sinto falta disso. Sinto falta dessa troca de energia. Beijo, poeta(s).
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