Na verdade, esse post é sobre a figura mais que intrigante do cantor e compositor norte-americano Mark Kozelek. Nascido aos 24 de Janeiro de 1967, Mark aos dez anos já era dependente químico. Um tratamento bem sucedido parece ter posto no lugar da escravidão às drogas, a escravidão à música. Mark compõe e grava compulsivamente. Projetos solo, bandas. A mais famosa é o Red House Painters. Atualmente o veículo de suas inquietudes responde pelo nome de Sun Kil Moon.
Faço um pequeno parêntese para a discografia das suas duas bandas (que na verdade são praticamente projetos solo) e dos discos gravados com seu próprio nome:
Solo:
- Rock 'n' Roll Singer EP (June 13, 2000)
- What's Next to the Moon (January 10, 2001)
- If You Want Blood (December 3, 2001)
- White Christmas Live (December 17, 2001)
- Little Drummer Boy Live (November 28, 2006)
- White Christmas and Little Drummer Boy Live (October 2, 2007)
- Nights LP (April 1, 2008)
As Sun Kil Moon (2002-present):
- Ghosts of the Great Highway (November 4, 2003) (February 6, 2007)
- Tiny Cities (November 1, 2005)
- April (April 1, 2008)
As Red House Painters (1989-1998):
- Down Colorful Hill (September 15, 1992)
- Red House Painters aka Rollercoaster (May 25, 1993)
- Red House Painters aka Bridge (October 19, 1993)
- Shock Me EP (February 28, 1994)
- Ocean Beach (March 28, 1995)
- Songs for a Blue Guitar (July 23, 1996)
- Old Ramon (April 10, 2001)
Reparem que em alguns anos existem 2 ou mais lançamentos. Esse ano já tem um disco solo, Nights LP, e este maravilhoso April sob o nome Sun Kil Moon. Nele, Mark canta suas angústias e sua solidão com a voz frágil e rascante de sempre e ainda consegue manter sob controle seus ímpetos de guitar hero que tanto fizeram algumas músicas do Red House Painters parecerem, pelo menos pra mim, belos exercícios de egocentrismo. O que restaram foram músicas tristíssimas embaladas em finas camadas de violões e, amiúde, bateria.
A trajetória de Mark Koselek assim segue em espirais pelo ar. Desfazendo-se em fumaça e reaparecendo a cada momento de tristeza que nos assalte. Uma entrega sem par e uma dedicação religiosa de quem teve a vida salva. Sua música é redenção, dele e nossa.
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