Para o meu pai, meu filho
e para o tio Moisés, que partiu recentemente.
Trai-me o coração infinito
na entrega
A mão, cumprindo à pena
abraça
Fujo do filho, mas sou o mesmo
A mesma medula
O medo
Seus dedos me amparam
e dobram
Trai-me a solidão escolhida
E do abraço, devolvo
a medida
Sou filho de um novo pai
Sou mais ele do que temia
Sou mais meu do que presumira
Possuir
J.Mattos – Belém, 29.11.2013
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