O carnaval passou, minha máscara caiu. Não há folia em meus salões e depois que a noite cai fica um silêncio que me assusta. As ruas não têm passistas. Alamedas não têm namorados. O som das coisas é apenas o cotidiano tomando corpo novamente – um bater de copos, afiar de facas, um sem fim de saudações sem sentido. A manhã depois de tudo acontece sem perdão. O sol é fustigante. Doem os olhos, as juntas, as paredes do coração e da memória. E apenas uma canção anima tudo. Fina, dissidente. A canção da esperança que sopra seus versos: foi melhor assim, vamos saudar o amanhã...
Pergunta de Ontem 1: o que farás agora que a tua máscara caiu?
Pergunta de Ontem 2: o que sopra tua canção da esperança?
Nenhum comentário:
Postar um comentário