Dói minha mão pelo não feito
Meu peito aberto dói igual
Arpoados nos leitos, nos fins, na desgraça
Os cardumes de amor
Nadam em fuga, tão longe de nós
O mundo dói em mim
Quando a vida de alguém termina
Dói semelhante quando nasce
Ao riso grotesco dói minha língua
Há sabores demais neste desamparo
E cuido menos quanto mais dói
Meu ser finíssimo vai desaparecendo
Dói o espelho ao perder sua função
Sofre do avesso o verso que escrevo
Dói afinada e entrementes cuida.
Prescrita contra o demais, a minha solidão.
J.M.N.
Um comentário:
Ei meninos, saudades das perguntas de ontem?????
Postar um comentário